sexta-feira, 29 de janeiro de 2016



SEPARÁTIO LEPROSARIUM
Exclusão desde a Era Medieval

Desde os primeiros séculos da Era Cristã a segregação social do doente de lepra pôde ser observada de forma contundente. Essa atitude foi considerada legítima em vista do perigo que as doenças contagiosas representavam para a sociedade.
         O aumento da enfermidade, por volta do século 3, fez com que os doentes fossem afastados violentamente dos lugares onde residiam, refugiando-se em colinas.
         Assim nasceram os primeiros “leprosários”. Em geral, sua manutenção dependia da prática caritativa de diferentes ordens religiosas.
         Por volta do século 15, os hansenianos (leprosos) passavam por ritual sagrado de alijamento da sociedade. O doente recebia termo leproso.
         A cerimônia chamava-se Separatio Leprosarium. O povo assistia ao cerimonial.
         Um véu preto cobria o enfermo. Sobre a cabeça dele derramavam terra, a fim de representar a sua morte. Ao término da solenidade a autoridade eclesiástica preferia as palavras “morte para o mundo, renascença em Deus”.
         Nessa simulação, o enfermo era conduzido a um cemitério próximo e por alguns instantes introduzido numa cova. Após o sacerdote informá-lo das normas a serem seguidas, ele era asilado em um leprosário ou colocado “fora do arraial”.
         Mesmo tendo sido excluído do convívio social, era comum que em algumas ocasiões fosse permitida a sua presença com o propósito de mendigar. Geralmente, ocorria em dias festivos, quando comemorações religiosas procuravam demonstrar que a caridade e a piedade aproximavam as pessoas de Deus.
         O doente usava uma veste negra, longa e fechada, tendo um símbolo bordado ao peito e um par de luvas para lhe cobrir as mãos, uma matraca para anunciar a sua  chegada, um bastão em cuja extremidade era colocado um recipiente para o recebimento das caridades e um barril para que pudesse beber água da chuva, tendo em vista estar proibido de beber água das fontes, lagos e rios... Fonte: livro do Arraial – Hanseníase e instituições asilares em Santa Catarina, da pesquisadora Débora Michels Mattos. Jornalista Léo. (LM jornalistaleo@radiosentinela.com.br  www.radiosentinela.com.br 27/01/2016)

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016



GASPARENSE INTELECTUAL, ESCRITOR

Critica o sistema prisional brasileiro, com muita propriedade

      O autor, Fernando Castro, é gasparense e formado em Direito pela Furb.
         No momento em que o governo estadual inaugura nova penitenciária com 599 vagas, um gasparense formado em direito quer discutir se o sistema penal brasileiro hoje realmente é efetivo.
         O sistema punitivo brasileiro é o tema do livro “Justiça Restaurativa: Um olhar para além da repressão”, de autoria de Fernando Borba de Castro, recém-publicada, cujo lançamento oficial no mês de março, na Furb.
         Estudante da Furb, Castro abordou o tema usando números dos presídios e penitenciárias brasileiras; ele escreveu o livro onde busca pensar alternativas aos infratores que não sejam apenas o encarceramento.
         “A forma como as coisas funcionam hoje não recupera os infratores nem ajuda as vítimas dos crimes. Basicamente, se prende o infrator. Se preocupam apenas com a repressão e não com uma ressocialização”, critica.
         O estudante, de 22 anos, que atua hoje como diretor administrativo da Procuradoria da Prefeitura de Gaspar, focou os seus estudos universitários na criminologia crítica. Para ele, o sistema penal brasileiro atual não se preocupa com as origens do crime.
         “O que se faz basicamente é prender. Só que aí, surge outra pessoa e comete a mesma infração. Não há uma preocupação com a origem dos crimes, em resolver o problema desde o início, mas que os crimes possam ser evitados”, analisa. Jornalista Léo. (LM jornalistaleo@radiosentinela.com.br  www.radiosentinela.com.br 28-01-16)

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016



PORTEIRO PREPARADO:
VELHINHOS CUIDADOS

Programa ensina aos porteiros princípios como: acolhimento e prevenção no trato com o morador idoso, através da educação, saúde e cidadania; informações sobre o aumento da acessibilidade física do prédio para uma melhor qualidade de vida e segurança do idoso no lar; a identificação das principais causas de quedas; e como comportar-se de forma segura em situações de emergência e organizar a listagem de contatos dos hospitais de emergência e planos de saúde do bairro.
         Funcionários de Copacabana, participaram do “Programa Porteiro Amigo do Idoso”. As oficinas de capacitação buscam preparar os profissionais que lidam com moradores longevos a oferecer-lhes soluções e cuidados adequados às suas necessidades, treinando-os também, a como lidar com problemas corriqueiros do prédio onde trabalham.
         Lançado há anos em Copacabana, o programa foi desenvolvido pelo Grupo Bradesco Seguros, que contratou o Senac por sua tradição de mais de 60 anos na oferta de cursos de capacitação.
         O conteúdo do treinamento foi desenvolvido pela instituição sob a orientação de um dos mais renomados especialistas em Gerontologia, Alexandre Kalashe, que é ex-coordenador do programa de envelhecimento da Organização Mundial da Saúde (OMS) e conselheiro sênior sobre Envelhecimento Global da Academia de Medicina de Nova York Academy of Medicine).
         A partir do último censo demográfico divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, que constatou o aumento da população idosa no Brasil (60 anos ou mais).
         Os porteiros foram escolhidos por terem sido apontados, em pesquisas especializadas, como os maiores aliados dos idosos no auxílio de questões do dia a dia, tornando-se os melhores amigos desse público. Jornalista Léo. (LM jornalistaleo@radiosentinela.com.br  www.radiosentinela.com.br 26/01/2016)