HONESTIDADE OU INTOLERÂNCIA?
Faça o bem sem ver a quem
Um dos princípios fundamentais do Código de
Ética Médica preconiza que “a medicina é uma profissão a serviço da saúde do
ser humano e da coletividade e será exercida sem discriminação de nenhuma
natureza”. A orientação profissional não impediu que a pediatra Maria Dolores
Bressan se recusasse a prestar atendimento a uma criança de um ano por
motivações políticas, em Porto Alegre.
Segundo a mãe do menino, Ariane Leitão, que foi secretária de
política para as Mulheres do Rio Grande do Sul e é ligada ao Partido dos
Trabalhadores (PT), a médica teria enviado uma mensagem, via WhatsApp,
declinando do atendimento “de maneira irrevogável” em razão de ter posição
política contrária a dos pais.
Questionado sobre a atitude da profissional, o presidente do
Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Paulo de Argollo Mendes,
declarou ao Diário Gaúcho seu apoio à recusa, argumentando que a criança não
corria risco: “Ela tem a nossa admiração”, disse Paulo. “Ela tem que se
orgulhar disso. Tem que se orgulhar de ter cumprido o Código de Ética, ter sido
clara, honesta”, alegou. “Apesar de qualquer questão a gente deve atender o
paciente. Qualquer forma de discriminação é um absurdo”, rebateu Marina Abreu
Corradi, integrante da Rede Nacional de Médicas e Médicos populares e
professora do curso de medicina da PUC Betim (MG). Jornalista Léo. (LM jornalistaleo@radiosentinela.com.br www.radiosentinela.com.br
09/06/2016)
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