JAVALIS ATACAM ÁREAS RURAIS DE
SANTA CATARINA
Uma
superpopulação de javalis selvagens está atacando propriedades rurais e
destruindo lavouras na Serra e no Meio-Oeste de Santa Catarina. “Além de
danificar plantações, os javalis são animais agressivos e significam risco para
as pessoas”, diz José Zeferino Pedrozo, presidente da Federação da Agricultura
e Pecuária de Santa Catarina (Faesc). Estima-se que de 5 mil a 8 mil animais
vivam espalhados por essas regiões.
A maior parte dos animais habita o entorno de Lages e o
Parque Nacional das Araucárias, que ocupa parte dos municípios de Ponte Serrada
e Passos Maia. Quando o alimento escasseia nesse habitat, os javalis migram
para as propriedades, onde atacam lavouras de grãos, hortas e até criatórios de
aves e suínos.
“Somente em Campo
Belo do Sul foram destroçados mais de 6,3 mil hectares de milho, soja e feijão,
causando a perda de 3 mil toneladas de grãos”, conta Pedrozo.
Esses javalis são da espécie exótica invasora Sus Scrofa, que, numa noite, podem
destruir vários hectares de lavouras. Os animais, que vieram do Rio Grande do
Sul, também cruzam com porcos domésticos e outros animais selvagens, como o
porco-do-mato, gerando filhotes conhecidos como “javaporcos”.
Em 2010, a
Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca declarou o javali rede Sus scrofa nocivo à agricultura
catarinense e autorizou o abate por tempo indeterminado com o objetivo de
conter a população com objetivo de conter a população. A decisão está de acordo
com a instrução normativa n° 141/2006 do Ibama, que regulamenta o controle e o manejo
ambiental da fauna sinantrópica nociva.
A maioria dos produtores chama a Polícia Militar Ambiental para
abater os animais. Apenas caçadores profissionais registrados a licenciados
podem fazer o procedimento. Os javalis podem transmitir doenças e, por isso, o
consumo da carne é proibido. Jornalista
Léo.
(LM
jornalistaleo@radiosentinela.com.br
www.radiosentinela.com.br
10/06/2016)
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