quarta-feira, 11 de maio de 2016



UVAS FINAS, DE MESA E CATARINENSES
     
Pesquisadores da Epagri desenvolvem a tecnologia que faltava para produzir uvas de mesa de qualidade no Estado. Com cultivo protegido, a saúde das plantas fica garantida com menos agroquímicos e o produtor consegue entrar num mercado seleto e valorizado.
            As uvas saborosas, graúdas e até sem sementes vendidas nos supermercados de Santa Catarina são colhidas, na maioria, por produtores de fora do Estado. Elas vêm de São Paulo, do Nordeste, do Paraná e do Rio Grande do Sul, e algumas são importadas.
            Mas se depender do trabalho da Epagri; em breve os agricultores catarinenses vão sentir o sabor das uvas finas de mesa colhidas em suas terras. A Estação Experimental de Videira começou a pesquisar em 2012 tecnologias para o cultivo de uvas destinadas ao consumo in natura, e os resultados já colocam água na boca.
            São seis cultivares em avaliação: as uvas de mesa Poloske, Niágara Rosada e Dona Zilá e as uvas finas de mesa Rubi Itália, Crimson Seedless e Centennial Seedless – estas duas últimas sem sementes, inéditas no Estado.
            O objetivo é oferecer um produto de alto rendimento financeiro para o agricultor e disseminar a produção de uvas finas em Santa Catarina, colocando o Estado na lista nacional de produtores.
            Os catarinenses já produzem, em pequenas quantidades, os cultivares comuns (Poloske, Niágara Rosada e Dona Zilá) e a Rubi Itália. Mas o cultivo não é expressivo – as áreas são pequenas e se limitam a poucas propriedades. No vinhedo demonstrativo instalado em Videira, a pesquisa da Epagri busca mostrar a viabilidade econômica do cultivo dessas variedades numa região que, historicamente, sofre com a mortalidade das plantas.
            O projeto é executado com recursos do Programa SC Rural e envolve tecnologias de manejo de solo, de plantas e de controle de pragas e doenças.

Cobertura contra umidade

            A grande novidade do projeto “Viabilização econômica do cultivo protegido de variedades de uva de mesa” é o uso de uma cobertura plástica sobre as plantas. Ela ajuda a contornar um dos maiores obstáculos para quem tenta produzir essas uvas na região: o clima úmido, que influencia diretamente na ocorrência de doenças e na qualidade dos frutos. Jornalista Léo. (LM jornalistaleo@radiosentinela.com.br  www.radiosentinela.com.br 11-05-16)


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