ILHAS CAGARRAS, FRENTE A
IPANEMA
Pedras
gêmeas, estas em Piçarras – SC. Pesquisamos as Cagarras, de Ipanema, Rio de
Janeiro.
O Projeto Ilhas do Rio realizou um ciclo de palestras sobre
diversos aspectos do Monumento Nacional das Ilhas Cagarras.
Elas fizeram parte da exposição interativa que aconteceu no
Forte de Copacabana durante a Semana Santa e que aproximou a população de temas
como o monitoramento das espécies que vivem no arquipélago, o controle dos
pescados realizados pela Colônia de Pescadores Z13 e o próprio programa.
A primeira reunião foi proferida pelo biólogo Rodrigo Tardin
e apresentou ao público as espécies de cetáceos que costumam ser vistos no
entorno das ilhas, como o golfinho-flíper (que vivia no arquipélago, mas teve
sua população reduzida e em alguns anos sequer é visto), o
golfinho-de-dentes-rugosos (encontrado também perto do Forte de Copacabana e da
praia), a orca (raramente vista no local), a baleia-franca-austral (cada vez
menos vista), a baleia-jubarte (comum principalmente no meio do ano) e a
baleia-de-bryde (pouco conhecida em todo mundo, mas frequente nas Cagarras
durante o verão e o outono).
Tardin explicou que o trabalho do projeto consiste em
analisar a distribuição desses animais pela área, as características de cada
grupo e a fidelidade do local.
Por isso, é uma atividade que requer paciência, já que os
pesquisadores podem estar em um lado das ilhas e os bichos, em outro.
Através do estudo, cada indivíduo foi identificado (os
cetáceos possuem em suas nadadeiras marcas únicas que servem como a “impressão
digital” de cada um), o que permitiu analisar o processo migratório deles,
comprovando que o retorno ao local é comum após eles irem embora.
Em seguida, o biólogo falou sobre as ameaças existentes no
entorno do monumento, apesar da proteção existente no território. De acordo com
ele, aspectos como a poluição e o lançamento de esgoto reduzem a quantidade de
alimentos disponíveis. Jornalista
Léo.
(LM jornalistaleo@radiosentinela.com.br www.radiosentinela.com.br
02-03-16)
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