quarta-feira, 16 de março de 2016



DEPENDENTES QUÍMICOS (01)
Fazem do lar um pandemônio
        

Depoimentos: Os dois lados da moeda. Veja aqui o que uma mãe e um filho (que se tratou na Clínica Jorge Jaber, no Rio de Janeiro) têm a dizer sobre a luta travada contra as drogas.
         Teresa, 55 anos, funcionária pública, “a internação involuntária salvou o meu filho.”
         “Quando descobri que meu filho era usuário de drogas, reagi como qualquer pessoa que não tem conhecimento da doença, achando que o adicto pode parar sozinho e que se não para é porque não quer.
         No início, nossas maiores preocupações eram que ele se misturasse com traficantes ou fosse preso. Mas, em 2012, senti modificações comportamentais nele, como rir e falar sozinho. Ele não saía de casa, não se alimentava direito e acreditava que alguém o perseguia.
         Achei que ele estava ficando esquizofrênico. Procurei um neurologista, que não identificou qualquer doença neurológica e aconselhou que buscássemos um psiquiatra. A médica que atendeu o Felipe aconselhou a internação. Foi como uma bomba em nossas vidas!
         Nunca imaginei que as drogas fizessem estrago tão grande. Por ignorância, não ajudamos nosso filho antes de chegar a esse ponto. Como Felipe não apresentava condições psicológicas para optar, foi internado involuntariamente e diagnosticado com surto psicótico por uso de drogas.
         Foi muito doloroso para opção para salvar-lhe a vida. Ele ficou internado por três meses e até hoje faz o pós-tratamento para não recair. E eu e o pai do Felipe também tivemos que participar do grupo de tratamento familiar. Fizemos também o curso de Conselheiro em Dependência Química. É essencial que a família se trate.” Felipe, 24 anos, estudante.
                  
Apoio da minha família foi fundamental

         “Iniciei minha dependência química aos 15 anos. Larguei os estudos, mas não percebi que precisava de ajuda. Acabei sendo internado involuntariamente pelos meus pais. E até hoje faço acompanhamento com um terapeuta e em grupo. Sem o apoio da minha família, eu não teria entrado em abstinência, pois essa doença é progressiva e faz com que percamos o controle de nossa vida.” Pesquisa do Jornalista Léo. (LM jornalistaleo@radiosentinela.com.br  www.radiosentinela.com.br 15-03-16)

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