DEPENDENTES QUÍMICOS (01)
Fazem do lar um pandemônio
Depoimentos: Os dois lados da moeda. Veja aqui
o que uma mãe e um filho (que se tratou na Clínica Jorge Jaber, no Rio de
Janeiro) têm a dizer sobre a luta travada contra as drogas.
Teresa, 55 anos, funcionária pública,
“a internação involuntária salvou o meu filho.”
“Quando descobri que meu filho era
usuário de drogas, reagi como qualquer pessoa que não tem conhecimento da
doença, achando que o adicto pode parar sozinho e que se não para é porque não
quer.
No início, nossas maiores preocupações
eram que ele se misturasse com traficantes ou fosse preso. Mas, em 2012, senti
modificações comportamentais nele, como rir e falar sozinho. Ele não saía de casa,
não se alimentava direito e acreditava que alguém o perseguia.
Achei que ele estava ficando
esquizofrênico. Procurei um neurologista, que não identificou qualquer doença
neurológica e aconselhou que buscássemos um psiquiatra. A médica que atendeu o Felipe
aconselhou a internação. Foi como uma bomba em nossas vidas!
Nunca imaginei que as drogas fizessem
estrago tão grande. Por ignorância, não ajudamos nosso filho antes de chegar a
esse ponto. Como Felipe não apresentava condições psicológicas para optar, foi
internado involuntariamente e diagnosticado com surto psicótico por uso de
drogas.
Foi muito doloroso para opção para
salvar-lhe a vida. Ele ficou internado por três messes e até hoje faz o
pós-tratamento para não recair. E eu e o pai do Felipe também tivemos que
participar do grupo de tratamento familiar. Fizemos também o curso de
Conselheiro em Dependência Química. É essencial que a família se trate.”
Felipe, 24 anos, estudante.
Apoio
da minha família foi fundamental
“Iniciei minha dependência química aos
15 anos. Larguei os estudos, mas não percebi que precisava de ajuda. Acabei
sendo internado involuntariamente pelos meus pais. E até hoje faço
acompanhamento com um terapeuta e em grupo. Sem o apoio da minha família, eu
não teria entrado em abstinência, pois essa doença é progressiva e faz com que
percamos o controle de nossa vida.” Pesquisa do Jornalista Léo. (LM jornalistaleo@radiosentinela.com.br www.radiosentinela.com.br
15-03-16)
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