JUSTIÇA BENEVOLENTE
Moleza para os criminosos
O rigor da Lei, ao ladrão de galinhas.
A dois anos da liberdade
O crime de Castelo do Piauí (PI) já tinha
elementos suficientes para abalar o país: sua crueldade extraordinária, o
sofrimento impingido às vítimas e até a situação, tristemente prosaica, que
levou uma delas à morte – as quatro adolescentes estupradas, torturadas e
atiradas ainda vivas despenhadeiro baixo haviam subido em um morro da cidade
para aproveitar a vista bonita e tirar selfies
que postariam no Facebook.
Mas o que ampliou definitivamente o choque foi o fato de
serem menores de idade quatro dos cinco autores do crime bárbaro. A Câmara Federal
dos Deputados chegou a acelerar uma proposta de redução da maioridade penal que
tramitava desde 1993 no Parlamento, e medidas como o aumento do tempo máximo de
internação de menores de três para dez anos também voltaram à discussão.
Em julho, dois meses depois de terem sido presos, três dos
criminosos de Castelo do Piauí, lá no Norte do País, mataram a pancadas o
quarto comparsa que havia delatado o grupo.
Pela morte de menina e do colega de cela, os jovens passarão
no máximo mais dois anos e seis meses internados – e sairão como réus
primários. É a legislação protetora do mau, e que pune o bom. Que se há de
fazer. É o rigor para o ladrão de galinha e a benevolência para o criminoso. Jornalista Léo. (LM jornalistaleo@radiosentinela.com.br www.radiosentinela.com.br
20-01-2016)
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