quinta-feira, 21 de janeiro de 2016



JUSTIÇA BENEVOLENTE

Moleza para os criminosos
        O rigor da Lei, ao ladrão de galinhas.
       
A dois anos da liberdade
        O crime de Castelo do Piauí (PI) já tinha elementos suficientes para abalar o país: sua crueldade extraordinária, o sofrimento impingido às vítimas e até a situação, tristemente prosaica, que levou uma delas à morte – as quatro adolescentes estupradas, torturadas e atiradas ainda vivas despenhadeiro baixo haviam subido em um morro da cidade para aproveitar a vista bonita e tirar selfies que postariam no Facebook.
        Mas o que ampliou definitivamente o choque foi o fato de serem menores de idade quatro dos cinco autores do crime bárbaro. A Câmara Federal dos Deputados chegou a acelerar uma proposta de redução da maioridade penal que tramitava desde 1993 no Parlamento, e medidas como o aumento do tempo máximo de internação de menores de três para dez anos também voltaram à discussão.
        Em julho, dois meses depois de terem sido presos, três dos criminosos de Castelo do Piauí, lá no Norte do País, mataram a pancadas o quarto comparsa que havia delatado o grupo.
        Pela morte de menina e do colega de cela, os jovens passarão no máximo mais dois anos e seis meses internados – e sairão como réus primários. É a legislação protetora do mau, e que pune o bom. Que se há de fazer. É o rigor para o ladrão de galinha e a benevolência para o criminoso. Jornalista Léo. (LM jornalistaleo@radiosentinela.com.br  www.radiosentinela.com.br 20-01-2016)

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