A ESCOLA DE ONTEM E O ENSINO
DE HOJE
O futuro do Brasil depende do
ensino de hoje
Uma correspondência de
Camboriú, encaminhada pelo profissional do Comércio Exterior, Ervim Tonóli.
Traz bons alertas!
Escola e educação
Ouve época em que a escola educava. Saudosa época!
Naqueles tempos, todos os professores exerciam a dupla missão de transmitir
conhecimentos e de complementar a família na tarefa de educar para a vida.
Ninguém ousava desacatar o professor, muito menos
achincalhá-lo ou agredi-lo fisicamente, como ocorre hoje, todos os dias, em
todo Brasil.
Os alunos, por sua vez, iam à escola para buscar
conhecimentos e formação humana. Não para comprar ou vender drogas. Nem para lá
exibir armas, com o intuito de intimidar colegas e professores. Havia ambiente,
clima, para ensinar e aprender. Havia disciplina e respeito à hierarquia. Por
isso, as coisas funcionavam.
Os professores, também, estavam preparados parar exercer
sua dupla função. Podiam, até, não ter carga de informações que a osmose
moderna injeta em todos nós, mas conheciam o essencial.
Há quem diga que não podemos viver do passado, que não se
deve ser saudosista, e que os tempos mudaram. Sim, os tempos mudaram, e como mudaram!
Mas ninguém nos pode negar o direito de sentir falta das coisas boas do
passado.
Hoje, muito mais que ensinar a viver, os professores
“precisam” derramar números na cabeça dos jovens. Números e mais números, pois
“o vestibular está logo à frente”, ou “ a profissão exige excelência”.
Desculpem os que não merecem ouvir isso, mas não podemos
tapar o sol com a peneira. A realidade é esta, e está tão visível e tão
arraigada está situação, que, se um professor se atrevesse a “perder” alguns
minutos de aula para educar, estaria fadado a ficar falando para as paredes,
pois os alunos não pediriam nem licença para sair da sala de aula. Afinal, eles
sabem todo, não precisam de “sermões”.
Falar de religião, de boas maneiras, de respeito para com
os idosos, “é assunto para careta, é coisa do passado”. Por isso mesmo, paz e
segurança, também, são, hoje, coisa do passado. A escola preferiu a omissão, a
imaginar-se piegas ou “mala”. Deixou-se esmagar pelo rolo compressor do grito
de “liberdade” da juventude inexperiente.
O mesmo ocorreu com a maioria das famílias. Os pais não
estão preparados para cumprir seu dever. O resultado está aí. O caos social!
O que podemos esperar do futuro?
O futuro da Nação depende da escola de hoje. A escola não
pode seguir servindo de palco para iniciar crianças nas drogas! Não pode
permitir a inversão de valores, em que a última palavra é sempre do aprendiz.
Essa situação já causou muito prejuízo à sociedade, e provou não trazer
benefício a ninguém.
Que a razão da existência da escola é o aluno ninguém
nega.
Se a escola não responder por seus atos, pelo papel que a
sociedade lhe confiou, a polícia pouco ou nada poderá fazer. Quando muito,
atuará como síndico da massa falida de uma sociedade fajuta e equivocada.
Mais do que das autoridades federais, estaduais ou
municipais da educação, é da direção e do corpo docente de cada escola que
espera ação.
Sua omissão poderá custar o bem-estar de todo um povo. Jornalista Léo. (LM jornalistaleo@radiosentinela-.com.br www.radiosentinela.com.br-
04-08-15)
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