quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

GIGANTE E SILENCIOSO (04)

 DEVAGAR E PROFUNDO
Além de suas dimensões, o rio subterrâneo tem o mesmo sentido de fluxo que o Amazonas, de Oeste para o Leste.
Contudo, existem diferenças marcantes. A vazão média do Rio Amazonas é estimada em cerca de 133 mil metros cúbicos.
“Esse valor é pequeno em relação à vazão do Amazonas, mas é o indicativo de um sistema hidrológico subterrâneo gigantesco se ele estivesse na superfície”, defende Elizabeth.
Basta notar que a vazão subterrânea na das águas, de dez a cem metros por ano, é lenta se comparada à do rio Amazonas, que corre de 1 décimo a 2 metros por segundo.
“Mas o ritmo se assemelha, por exemplo, ao rio do Sono, no Tocantins, que corre a céu aberto”, destacou Hamza, nome dado a em homenagem a um de seus descobridores.
O rio encontrado, que levou o nome do geofísico, tem cerca de 400 km de largura, ou seja, quatro vezes mais que o Amazonas.
“Ele é largo porque ocupa

praticamente toda a área da bacia sedimentar amazônica”. A bacia amazônica se estende por alguns países limitado com o Brasil.
A vazão (volume de água) do Hamza é significativa. São de 3.095 m³/segundo – mais que a do São Francisco, o rio da unidade nacional.
Ambos os rios, Amazonas e Hamza, correm na mesma direção (de Oeste para Leste).
A diferença é que o fluxo do rio subterrâneo começa na vertical, de cima para baixo, em 2.000 metros de profundidade. Depois, fica quase horizontal e mais profundo.
De acordo com o cordenador do trabalho, a água do rio Hamza vem dos Andes, pelo Acre.
O rio chega ao mar perto da foz do Amazonas.
Os pesquisadores devem complementar o trabalho de campo em parceria com a Ufam (Universidade Federal do Amazonas), onde a geofisica Elisabeth Tavares Pimentel dá aulas. Script do Jornalista Léo.

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