segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

PEDRO SIMON – 60 ANOS DE POLÍTICA
É preciso ir para as ruas

Só a pressão popular pode produzir as mudanças de que o Brasil precisa.

No mês passado, a tribuna do Senado foi palco pela última vez da oratória inflamada do senador Pedro Simon (PMDB-RS). Depois de quase sessenta anos na política, 32 deles no Senado, o gaúcho de Caxias do Sul se despediu do Congresso com um discurso de quatro horas, ao fim do qual chorou e foi aplaudido de pé por seus pares. Fundador do MDB e um dos líderes da campanha pela volta das eleições diretas, em 1984, ele apoiou a candidatura de Lula à Presidência e, no primeiro mandato de dilma Rousseff, chegou a montar um bloco de parlamentares que daria suporte às medidas saneadoras da presidente no campo ético.
Hoje, afirma que o petista foi “a maior decepção” de sua carreira e que Dilma se vergou ao toma lá dá cá e ficou “igual aos outros”.
Em entrevista a VEJA, Simon diz que considera que a política brasileira vive “um momento dramático” e o que, na sua opinião, poderá mudar essa situação.
Estamos diante de um dos maiores escândalos de corrupção do mundo, o petrolão. Eu era menino quando Getúlio Vargas se matou. Mais tarde, vi Jânio Quadros renunciar com sete meses de mandato. Tivemos crise para tudo que é gosto. Mas nunca vi uma situação tão complicada quanto a de agora.
“O Congresso é um ajuntamento de corporações – sindicatos, empreiteiras multinacionais. Ninguém ali fala pelo povo. Se deixar tudo calmo, não fazem nada, ou só fazem coisas de interesse de grupos”.
“O Lula foi a maior decepção de toda minha carreira. Ele tinha uma bandeira, tinha uma história, e agora está morrendo abraçado aos mensaleiros e aos ladrões da Petrobrás”. Jornalista Léo.


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