Um veículo que cede a uma pressão
cede a todas! O caminho é manter inviolável o compromisso com a verdade.
Ao reclamar a liberdade de
imprensa, mister se faz criá-la no seu próprio veículo.
O jornalista é um educador, um
profissional da indagação, do questionamento, da pesquisa, detentor de
FONTES de informação as mais recônditas, secretas e invioláveis.
Isso é liberdade de imprensa e deve
se informar; é direito de saber do cidadão.
Foi que aconteceu com a bem
informada e destemida revista VEJA edição Especial Água n° 2397, de que
salpicamos alguns tópicos, cujo título é Choque de Realidade, chamado PETROLÃO.
“O doleiro Alberto Youssef, caixa
do esquema de corrupção na Petrobrás, revelou à Policia Federal e ao
Ministério Público, que Lula e Dilma Rousseff tinham conhecimento das
tenebrosas transações na estatal.”
Eles sabiam de tudo!
-O Planalto sabia de tudo – disse
Youssef.
-Mas quem no Planalto? – perguntou
o delegado.
-Lula e Dilma – respondeu o
doleiro.
Veja, publica essa reportagem às
vésperas do turno decisivo das eleições presidenciais obedecendo unicamente
ao dever jornalístico de informar imediatamente os fatos relevantes a que
seus repórteres têm acesso. Basta imaginar a temeridade que seria não
trazê-los à luz para avaliar a gravidade e a necessidade do cumprimento
desse dever.
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O Planalto ingressou na justiça para impedir a publicação mas o juiz
não concedeu, dentro dos ditames da Lei de Imprensa.
A Lei de Imprensa é clara! não há censura prévia. Publica e
inconforma! O prejudicado ou ofendido, recorre à justiça para retratação,
indenização, ressarcimento de danos morais, até condenação penal. Mas,
todavia, não obstante, entretanto, proíbir a publicação a prióri, nunca,
jamais, em tempo algum.
Ai povo, não fosse o farrejamento da imprensa dos fatos
transformados em notícias, não saberia de nada. E a corrupção já generaliza
que corre salta, seria um festival sem seguranças.
Há profissionais achando que já não há nada a fazer!
Primeiro, porque não dá pra fazer; depois, quando uma equipe começa
a mostrar que é possível fazer, aí surgem as observações que o veículo não
incomoda.
Mas mesmo no jornal pequeno, é preciso acreditar no efeito
multiplicador. Experiências feitas no jornal do Comércio do Rio foram
adotados pelo Globo e Folha de São Paulo. Outras, criadas pelo jornal
Cruzeiro do Vale em parceria com o jornal Metas, estes de Gaspar - Santa
Catarina. Plagiadas por jornal da Capital. Em comunicação pouco se cria,
muito se plagia e algo se aperfeiçoa.
Temos
exemplo concreto em Gaspar, há uns 20 anos, juiz da Comarca censurara
matéria do Cruzeiro do Vale, seu Diretor-Proprietário publicou assim mesmo.
Censura de imprensa não há. O prejudicado tem a justiça para recorrer. LM – Jornalista Léo.
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